China defende medidas de administração de VPNs

Beijing, 26 jul (Xinhua) -- As autoridades chinesas defenderam na terça-feira medidas de administração de redes virtuais privadas (VPN), dizendo que não terão nenhum impacto negativo sobre as empresas e indivíduos que obedecem a lei.

Todas as empresas que operam na China precisam registrar-se apropiadamente diante das autoridades e cada empresa com um site de internet precisa obter uma Licença para Fornecedor de Conteúdos de Internet e mostrá-la na parte inferior de seu site.

"Nossas medidas estão destinadas a melhor regular a conduta do mercado de VPN da China e apenas focarão nas empresas e indivíduos que proporcionem serviços de VPN para uso transfronteiriço", disse o engenheiro-chefe do Ministério da Indústria e Informatização, Zhang Feng, em uma entrevista coletiva.

As autoridades estão conscientes de que algumas companhias comerciais estrangeiras e companhias transnacionais precisam usar VPN nos seus escritórios, disse Zhang, acrescentando que essas companhias são permitidas a ter acesso ao serviço de VPN via fornecedores registrados.

O engenheiro declarou que as autoridades estabeleceram diferentes padrões para diversos serviços, incluindo os macrodatos e a computação em nuvem.

"A maioria dos serviços de VPN registrados está disponível em nuvem e é apoiada pelos centros de dados. Se os centros de dados (dos fornecedores não registrados) carecem de proteção suficiente, as empresas enfrentarão enormes riscos", disse.

Embora haja uma diferença no manejo dos serviços de VPN entre diferentes países, é uma prática comum que as autoridades desenvolvam um sistema de registro para estes serviços, assinalou Wen Ku, outro funcionário do Ministério da Indústria e Informatização. Ele acrescentou que existem sistemas semelhantes para os fornecedores de VPN com sede nos Estados Unidos, assim como nos países europeus e asiáticos.

"A lei da China proíbe a divulgação de informações danosas, violentas e terroristas", afirmou Wen.