Observatório Econômico: Negar status de economia de mercado à China é um engano

2017-12-05 10:46:32丨portuguese.xinhuanet.com

Beijing, 5 dez (Xinhua) -- Os Estados Unidos estão jogando água fria crescente na cordialidade das relações comerciais com a China ao lhe negar o status de economia de mercado na Organização Mundial do Comércio (OMC).

Recentemente, o governo dos Estados Unidos rechaçou de maneira formal a solicitação da China e citou décadas de precedentes jurídicos, o que considera sinais de que a China avança na direção oposta.

A verdade é que negar o status a China dará ao governo americano ferramentas úteis para empreender investigações comerciais sobre as importações chinesas com a desculpa de dumping de mercadorias com vantagens injustas de preço.

A RECUSA DISTORCE OS FATOS

A decisão dos Estados Unidos vem num momento em que a administração de Trump procura reduzir o déficit comercial com a China a um chamado equilíbrio justo. Para tal objetivo, está tentado ignorar as ações concretas da China para liberalizar o mercado, disseram observadores internacionais.

Desde o início da reforma e abertura da China, o país realizou constantes esforços para melhorar seu sistema de economia de mercado, o que foi reconhecido no mundo todo. A negativa dos Estados Unidos distorce os fatos, disse um porta-voz do Ministério do Comércio.

Atualmente a China é o país com o maior comércio de mercadorias e é o principal parceiro comercial de mais de 120 países e regiões.

Su Qingyi, pesquisador da Academia Chinesa de Ciências Sociais, disse que o "status de não economia de mercado" não impediu que a China realize estes avanços.

Os Estados Unidos não obterão benefícios de uma pior relação comercial bilateral com a China devido a os seus interesses estarem interligados. As medidas protecionistas também danificam os interesses das companhias e consumidores norte-americanos.

Nas últimas três décadas, o comércio bilateral de bens aumentou de 2,5 para 524,3 bilhões. Os produtos chineses de baixo custo e alta qualidade ajudaram a elevar a qualidade de vida dos norte-americanos.

Embora grande parte das campanhas políticas dos Estados Unidos se concentraram nos empregos que foram perdidos nos Estados Unidos, o investimento da China apoia mais empregos no outro lado do Pacífico.

INTEGRIDADE MINADA

Em resposta à negativa dos Estados Unidos, Wang Hejun, funcionário do Ministério do Comércio da China, disse que a negação mina a seriedade e autoridade das regras multilaterais.

O 15º artigo do protocolo da integração da China à OMC em 2001 diz claramente que a China mudará de forma automática para o status de economia de mercado depois que a abordagem de país substituto vencesse em 15 anos, o que significa que, a partir de tal dia, desaparecem as bases jurídicas para tratar a China como uma economia de não-mercado.

Os Estados Unidos põe um mau exemplo ao não cumprir as regras internacionais, disse Su.

Respeitar os contratos é o princípio essencial da economia de mercado e os Estados Unidos estão violando este princípio, disse Bai Ming, pesquisador da Academia de Cooperação Econômica e Comércio Internacional da China.

O rechaço dos Estados Unidos reflete seu pânico e prejuízos ideológicos, indicou Zhang Jingwei, pesquisador do Instituto Chongyang de Estudos Financeiros da Universidade Renmin da China.

Os analistas disseram que é provável que a China empreenda ações jurídicas na OMC contra os membros que não observam as regras, incluindo os Estados Unidos. Poderiam ser consideradas medidas comerciais de represália.

Mesmo que se pudesse evitar uma guerra comercial abrangente, nenhuma parte sairia ilesa, disse Zhang.

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