Cúpula regional pede ação contra aumento da falta de água até 2050 por Feng Yingqiu
Yangon, 13 dez (Xinhua) -- A Cúpula Ásia-Pacífico sobre Água, de dois dias de duração, terminou nesta terça-feira na cidade de Yangon, em Mianmar, com uma Declaração de Yangon pedindo uma ação contra a crescente necessidade de água por parte dos asiáticos até 2050.
"Cerca de 1,1 bilhão de pessoas na Ásia vivem em áreas atualmente com severo estresse hídrico e, a menos que sejam tomadas medidas significativas, esse número deverá aumentar em mais de 40% até 2050," disse a Declaração de Yangon, divulgada após várias discussões dos líderes da Região Ásia-Pacífico.
A cúpula estabeleceu um curso para o desenvolvimento sustentável da região com uma perspectiva sobre a água, melhoria na cooperação na proteção contra desastres relacionados à água, incentivo à parceria e compartilhamento do conhecimento e experiência.
O ministro dos Transportes e Comunicações de Mianmar, U Thant Sin Maung, que também é vice-presidente do Comitê Nacional de Recursos Hídricos de Mianmar, anunciou a adoção da Declaração de Yangon, incentivando a cooperação mútua entre os países da região a alcançar a segurança da água a nível regional e nacional bem como nível global.
Observando que a ação de Mianmar em relação à desastres relacionados à água ainda está apenas a meio caminho, U Thant Sin Maung enfatizou a necessidade de ser proativo na parte de proteção, que inclui medidas de mitigação que previnem ou reduzem o impacto de desastres hídricos.
Apontar o potencial dos recursos hídricos para a realização de uma economia baseada na água em Mianmar é brilhante, ele enfatizou citando a necessidade de usá-lo de forma sustentável para garantir seu uso pelas futuras gerações.
No primeiro dia da Cúpula da água, o governo de Mianmar comprometeu-se a promover a parceria governo-sociedade-empresa (GCS) para a segurança da água e o desenvolvimento sustentável.
A conselheiro estadual, Aung San Suu Kyi, disse que a parceria oferecerá oportunidades consideráveis para as empresas baseadas na água no âmbito da gestão integrada dos recursos hídricos em Mianmar, prometendo ainda que o governo continuará a oferecer uma melhor segurança e desenvolver o quadro político e jurídico necessário para Investimento relacionado à água para florescer no país.
Aung San Suu Kyi convidou potenciais investidores domésticos e estrangeiros a se envolverem na oferta do país pelo desenvolvimento sustentável dos recursos hídricos.
Observando que a Ásia é o lar de metade das pessoas mais pobres do mundo, Aung San Suu Kyi disse que a água para a agricultura continua a consumir 80% dos recursos hídricos e ainda mais em Mianmar, onde cerca de 91% são consumidos pelo setor.
Destacando que a região da Ásia-Pacífico é a região mais propensa a desastres hídricos no mundo, ela advertiu que a crescente frequência de desastres relacionados à água na região forçou o governo de Mianmar a responder com unidade e resiliência, no entanto dizendo que existe uma ampla variedade no grau e qualidade de resposta de cada nação.
Aung San Suu Kyi incentivou todos os governos da região a fazer mais para lidar com a crescente ameaça de desastres causada pelas mudanças climáticas.
Ela citou um relatório do Banco Asiático de Desenvolvimento que aponta que apenas alguns países têm investido sabiamente em projetos e programas de redução do risco de desastres.
Ela insistiu que a colaboração entre os países da região permitirá que todos combatam mais eficazmente os desastres relacionados à água.
A 3ª Cúpula Ásia-Pacífico sobre Água, organizada pelo Ministério dos Transportes e Comunicações de Mianmar, sob o tema "Segurança da Água para o Desenvolvimento Sustentável", contou com a presença do vice-presidente U. Henry Van Thio e líderes de 48 países da região Ásia-Pacífico.
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