Ataques terroristas contra atividades relacionadas às eleições matam 36 no Afeganistão

Cabul, 22 abr (Xinhua) -- Trinta e seis pessoas foram mortas e sessenta outras sofreram ferimentos quando militantes atacaram as atividades eleitorais das próximas eleições no Afeganistão, atingido pela insurgência, no domingo.

No primeiro ataque ocorrido em Dashti Barchi, distrito de Cabul, por volta das 10h (horário local), 31 pessoas, a maioria civis, foram mortas e outras 56 ficaram feridas, segundo o porta-voz do Ministério do Interior, Najib Danish, e fontes do hospital.

Centenas de pessoas estavam fazendo fila para obter a Tazkira, ou Carteira Nacional de Identidade, para votar nas próximas eleições parlamentares e distritais previstas para 20 de outubro, quando um homem-bomba se explodiu.

A primeira eleição parlamentar no Afeganistão pós-Talibã foi realizada em 2005, enquanto as segundas eleições parlamentares aconteceram em 2010.

O processo de recenseamento eleitoral começou no dia 14 de abril para as próximas eleições parlamentares.

Os votos parlamentares, originalmente previstos para o início de 2015 após a eleição presidencial, foram repetidamente adiados.

O grupo terrorista Estado Islâmico (ISIS) assumiu a responsabilidade pelo ataque mortal em Cabul, que tem sido amplamente condenado pelos afegãos como um ataque terrorista covarde e uma tentativa de sabotar o processo eleitoral.

"O objetivo do ataque ao local de registro de eleitores aqui na área de Dashti Barchi, em Cabul, é sabotar as próximas eleições no país", disse o parlamentar Aref Rahmani, à Xinhua.

No norte da província de Baghlan, um atentado na estrada matou cinco civis e feriu outros quatro por volta do meio-dia de domingo.

Militantes contrários ao governo sequestraram três funcionários do serviço de registro de eleitores na província de Ghor, no sul do país, e mataram dois guardas do local de registro na província de Nangarhar, na semana passada.