Iniciativa do Cinturão e Rota é chave para criar futuro próspero compartilhado entre China e América Latina, diz especialista

2018-05-08 16:27:47丨portuguese.xinhuanet.com

Buenos Aires, 7 mai (Xinhua) -- A Iniciativa do Cinturão e Rota proposta pelo presidente chinês Xi Jinping em 2013 é a chave para se construir um futuro próspero compartilhado entre a China e a América Latina, disse a economista argentina Maria Cecilia Peralta.

A China e a América Latina mantiveram por muitos anos um desenvolvimento muito tranquilo de laços, "refletido pelo crescimento contínuo no fluxo de comércio, investimento e estratégias de relações entre as duas regiões", disse Peralta em uma entrevista recente à Xinhua.

Como parte da iniciativa intercontinental, que busca impulsionar o comércio e o investimento entre os países ao longo das rotas comerciais da antiga Rota da Seda, desde a Ásia até a Europa e a África, "a China está interessada em investir, tanto em sua própria economia com em outras", disse ela.

Estatísticas mostraram que os bancos chineses participaram de mais de 2.600 projetos relacionados e os empréstimos concedidos somaram mais de US$ 200 bilhões desde que a iniciativa foi proposta pela primeira vez.

A iniciativa prevê investimento em uma ampla variedade de áreas, desde energia limpa até manufatura, tecnologia da informação e comunicações, projetos hidráulicos, assim como desenvolvimento urbano e moradia, entre outras, disse Peralta.

A China "está liderando os principais projetos para mudar a matriz de energia do país investindo em energia solar e eólica. O investimento nesta área não está sendo feito apenas internamente, mas também a nível mundial", comentou.

Peralta indicou que o investimento em estradas, portos e outras infraestruturas, com o objetivo de "impulsionar a conectividade" entre os países ao longo das rotas, faz parte de uma "estratégia maior para facilitar o comércio entre a China e a América Latina".

Os dados oficiais mostraram que o comércio bilateral entre a China e a América Latina totalizou quase US$ 260 bilhões em 2017, um aumento anual de 18,8%.

A China deu grandes passos nos últimos anos, disse Peralta, acrescentando que a "incorporação de populações pelo país com melhores condições de vida criou uma demanda maior e mais diversificada no setor alimentício, gerando oportunidades para a América Latina".

Ela também disse que oportunidades são abundantes em muitos setores produtivos, e a Argentina, por exemplo, "tem empreendido projetos de cooperação em grande escala com a China por anos, e mais estão planejados para o futuro."

"A maioria desses projetos são de infraestrutura, como a construção de represas no sul do país, de uma estação espacial em Patagonia e o túnel de Água Negra que liga a Argentina com o Chile, uma iniciativa que é muito benéfica para o comércio regional", observou.

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