Partido trabalhista brasileiro oficializa a candidatura à presidência do ex-ministro Ciro Gomes

Rio de Janeiro, 22 jul (Xinhua) -- O Partido Democrático Trabalhista (PDT) do Brasil oficializou nesta sexta-feira a candidatura do ex-ministro Ciro Gomes às eleições presidenciais de outubro.

Gomes, de 60 anos, foi proclamado candidato do PDT na convenção realizada no mesmo dia na Brasília e convidou "todas as forças políticas que tenham realmente um compromisso com o Brasil" a unir-se a sua candidatura para "ajudar a transformar o país".

Considerado como o candidato de centro-esquerda nas eleições, Gomes prometeu mudar o Brasil caso seja eleito com um "projeto nacional de desenvolvimento" que exigirá um "grande sacrifício" do Governo e do "mundo mais rico".

"Mudar o Brasil é preciso e possível e nossa tarefa é levar essa mensagem a todos os lugares do país, mostrando que o Brasil pode virar o jogo, só depende de nós", declarou.

"Somos uma das maiores potências agrícolas, mas importamos boa parte dos equipamentos que usamos e essa parte poderia ser feita aqui, no Brasil", afirmou.

Gomes criticou também o "deplorável" estado das contas públicas, que, segundo ele, exigirá "um grande sacrifício para tirar o Brasil dessa situação", mas que será realizado, se for eleito, sem "injustiças".

"O povo e classe média já pagaram demasiado e quem tem que pagar esse sacrifício é o Governo e o mundo mais rico", destacou.

O candidato trabalhista prometeu lutar contra a corrupção, que qualificou de "um câncer que rouba a crença do povo na política" e que vai "perseguir" e "encerrar" cada privilégio. "Olharei com uma lupa cada conta, cada privilégio. Comigo, o privilégio será perseguido e encerrado, seja de quem for.

Cada privilégio será trazido à denúncia pública", assegurou.

Esta é a terceira vez que Gomes se candidata à Presidência do país, tendo concorrido em 1998 e 2002, pelo partido PPS, sem chegar ao segundo turno.

Ex-governador do Ceará e ex-prefeito de Fortaleza, Ciro Gomes já foi deputado federal e foi ministro da Fazenda entre setembro de 1994 e janeiro de 1995, período final do governo Itamar Franco e início do governo Fernando Henrique Cardoso.

Ciro também foi ministro da Integração Nacional, entre janeiro de 2003 e março de 2006, no primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.