Governo brasileiro reduz a 1,6% a previsão de crescimento econômico do país para este ano

Rio de Janeiro, 22 jul (Xinhua) -- O Governo brasileiro reduziu para 1,6% sua previsão sobre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país para este ano e elevou a expectativa de inflação para 4,2%.

O ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Esteves Colnago, e a secretária executiva do ministério da Fazenda, Ana Paula Vescovi, anunciaram nesta sexta-feira a queda das expectativas do crescimento econômico do Brasil para este ano, em uma entrevista à imprensa, seguindo a mesma tendência já apresentada pelo mercado financeiro e pelo Banco Central.

Trata-se da segunda redução sobre o crescimento da economia anunciada pelo governo. Inicialmente, a expectativa era de um aumento do PIB de 2,97%, embora em abril, o governo admitiu que o crescimento era menor que o esperado e baixou a previsão para 2,5%.

Apesar da redução, as previsões do governo são mais otimistas que as do mercado financeiro que, na última segunda-feira baixou para 1,5% sua previsão do PIB para este ano, enquanto o Banco Central situou o índice em 1,6%.

As seguidas quedas nas projeções sobre o PIB são resultado de uma retomada mais lenta do que o esperado depois da crise econômica vivida pelo país em 2015 e 2016. Após crescer 1% em 2017, a expectativa era de chegar próximo aos 3% este ano, mas o alto índice de desemprego, superior aos 12% e um menor consumo freiam a recuperação.

Outro fator importante foi a greve que milhares de caminhoneiros realizaram no fim de maio em protesto contra o aumento do preço dos combustíveis, o que provocou uma forte queda da produção industrial, dos serviços e das vendas do comércio.

Em sua previsão trimestral, o Governo também elevou a projeção da inflação deste ano de 3,4% a 4,2%, embora a nova expectativa permaneça dentro da meta de inflação estipulada de 4,5%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, o que pode situá-la entre 3% e 6%.