Relatório da ONU pede que países mais pobres priorizemr empresas criadoras de emprego

2018-11-21 15:22:07丨portuguese.xinhuanet.com

Genebra, 20 nov (Xinhua) -- Os governos dos países mais pobres devem priorizar empreendimentos dinâmicos, implementando políticas para ajudá-los a prosperar, criar empregos, inovar e transformar as economias, disse um relatório da ONU na terça-feira.

O relatório intitulado "O Relatório 2018 dos Países Menos Desenvolvidos (LDCs, na sigla em inglês): Empreendedorismo para a Transformação Estrutural" foi divulgado pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD, na sigla em inglês).

"É preciso dar mais atenção ao desenvolvimento das cadeias de fornecimento domésticas, uma vez que a vinculação dos países menos desenvolvidos às cadeias de valor globais não forneceu nenhum impulso significativo ao desenvolvimento das empresas locais", diz o relatório.

O relatório diz que os governos dos LDCs deveriam, portanto, se concentrar em estimular os empreendedores e firmas estabelecidas que aproveitam oportunidades para criar produtos e serviços inovadores, empregar mais pessoas e desenvolver negócios dinâmicos que tenham um efeito transformador e ondulante em toda a economia.

O secretário-geral da UNCTAD, Mukhisa Kituyi, disse que o relatório visa estabelecer uma postura mais ativa para o Estado na direção do surgimento do empreendedorismo local dinâmico e transformacional.

"Ao encorajar os formuladores de políticas a valorizar os benefícios do empreendedorismo, este relatório faz uma contribuição inestimável aos esforços para agregar valor à implementação dos países menos desenvolvidos da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável", disse Kituyi.

O relatório é tem nome de Beyond Business as Usual e analisa as condições de criação e crescimento de empresas de alto impacto nos países menos desenvolvidos (LDCs).

Este é um grupo de 47 nações, que inclui a maior parte da África subsaariana, alguns países asiáticos e vários estados insulares.

O grupo se qualifica para tratamento preferencial nos acordos de comércio mundial e mudanças climáticas, devido a desvantagens crônicas que os deixam entre os países mais pobres do mundo.

O relatório diz que um grande número de pessoas nos países menos desenvolvidos é forçado ao empreendedorismo de pequena escala e baixo valor por necessidade.

O empreendedorismo é dominado pelo trabalho autônomo (que responde por 70% do emprego total), micro e pequenas empresas informais, com poucas chances de sobrevivência e crescimento e pouca propensão a inovar.

As pequenas empresas representam 58% de todas as empresas desses países.

O relatório também revela que a maioria dos empresários dos países menos desenvolvidos são "orientados pela necessidade".

Há 1,7 vezes mais empreendedores em estágio inicial em LDCs, em média, que se descrevem como "motivados por oportunidades" do que aqueles que afirmam ser "orientados pela necessidade", em comparação com 2,8 vezes mais em outros países em desenvolvimento.

"É importante ressaltar que o relatório pede aos países menos desenvolvidos que não negligenciem o papel fundamental e complementar desempenhado pelas grandes empresas, juntamente com empresas de médio e pequeno porte, com vistas a formular estratégias deliberadas para estimular o empreendedorismo que tenha impacto", disse Kituyi.

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